Estranhos

Estranhos

Há uma brasa ardendo no meu peito
Que queima meu ser incessantemente.
Que até o momento era minha maior inimiga.
Em alguns momentos me sentia dividido,
Como se eu fosse duas pessoas
Eram duas vozes querendo assumir minha alma
Sem nenhuma compaixão, sem nenhuma consideração.
As respostas para minhas perguntas
estavam escondidas, e eu não as encontrava.
Mas eis que chega um estranho tocando meu peito,
Despertando-me do pesadelo…
Pegou minha mão, me convidou para caminhar
Ouviu meus lamentos, sentiu minhas dores
e me convidou para conhecer seu mundo.
Um mundo tão parecido com o meu.
As mesmas dores, as mesmas sombras
Mas havia um sorriso nos seus lábios
Sorriso de quem já passou por tudo isto
Achando graça de tudo que eu reclamava
Mostrou-me pouca coisa, confesso…
Mas me deu o que mais precisava
Me deu esperança de um futuro melhor.
Mostrou-me a luz no fim do caminho.
Sentia-me perdido e desesperado
Não encontrava a saída na escuridão.
Este estranho, então, cruzou meu caminho
Trazendo na bagagem poucas palavras
Ensinou-me que os inimigos são faróis
indicando o caminho correto que devemos seguir.
Me apresentou o mundo tal como é
Um caminho novo, regado de simplicidade,
da pureza que somente o coração de um amigo possui.
Minhas preces silenciosas foram ouvidas
Agora tenho certeza de nunca estive só
Que anjos são os amigos,
as pessoas que estão próximas de nós
e casualmente um estranho aparece
na nossa vida, trazendo o alimento
que mata nossa fome de saber.
O estranho que entrou em minha vida
deixou de ser estranho
Hoje é um amigo que sempre estará
naquele mesmo lugar,
pronto para me dar a mão
ou simplesmente caminhar comigo.

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